sábado, 27 de abril de 2013

COMO ALGUÉM APRENDE A LER E ESCREVER? SEGUNDO - EMÍLIA FERREIRO


EMÍLIA FERREIRO

COMO ALGUÉM APRENDE A LER E ESCREVER? 



EMÍLIA FERREIRO, a psicolinguística argentina, estudando os mecanismos pelos quais as crianças aprendem a ler e escrever, ao invés de perguntar como se ensina  a ler e escrever, perguntou como alguém aprende a ler e escrever independente do ensino. A partir daí desenvolveu teorias que deixam de fundamentar-se em concepções mecanicistas/interacionistas fundamentando-se em Vygotsky e Piaget.

O que isso significa? Significa que o processo de ensinar se desloca para  o ato de aprender, por meio da construção do conhecimento que será realizado pelo educando, que se torna agente de sua aprendizagem.

construtivismo
Os conceitos que os professores trabalham  separadamente, de acordo com Ferreiro, como imaturidade, prontidão, habilidades motoras e perceptuais deixam de ter sentido isoladamente. Os aspectos motores, cognitivos e afetivos são importantes, na medida que tratados no contexto da realidade sócio-cultural dos alunos. “Hoje a perspectiva construtivista considera a interação de todos eles, numa visão política, integral, para explicar a aprendizagem”diz Ferreiro.

Os níveis diferentes em que normalmente os alunos se encontram e vão se desenvolvendo durante o processo de alfabetização, e a interação entre eles, é muito importante para o desenvolvimento do processo.ni
I  -   Os níveis estruturais da linguagem escrita podem as diferenças individuais e os diferente ritmos dos alunos :
1- diferenciar entre desenho e escrita;
2-utilizar no mínimo duas ou três letras para poder escrever palavras;
3- reproduzir os traços da escrita, de acordo com seu contato com as formas gráficas (imprensa ou cursiva), escolhendo a que lhe é mais familiar para usar nas suas hipóteses de escrita;
4- perceber que é preciso variar os caracteres para obter palavras diferentes.
4- perder que é preciso variar os caracteres para obter palavras diferentes.
II – Nível silábico – pode ser dividido entre Silábico e Silábico / Alfabético:n2
Silábico – a criança compreende que as diferenças na representação escrita está relacionada com “o som” das palavras, o que a leva a sentir a necessidade de usar uma forma de grafia para cada som. Utiliza símbolos gráficos de forma aleatória, usando apenas consoantes,  ora apenas vogais, ora letras inventadas e repetindo-as de acordo com o número  de sílabas das palavras.

Silábico/Alfabético – convivem as formas de fazer corresponder  os sons ás formas silábica e alfabética e a criança pode escolher as letras ou de forma ortográfica ou fonética.

Nível Alfabético – A criança agora entende que: sílaba não pode ser considerada uma unidade e que pode ser separada em unidades menores; a identificação do som não é garantia da identificação da letra, o que pode gerar as famosas dificuldades ortográficas e a escrita supõe a necessidade de análise a necessidade da análise fonética das palavras.

Esta análise do desenvolvimento cognitivo  do aluno é conhecido por “Nível da Psicogênese”.Ana Teberosky é uma das criadoras junto com Emilia Ferreiro da Psicogênese da Língua Escrita,   novos elementos para esclarecer o processo vivido pelo aluno que está aprendendo a ler e a escrever.

Nessa linha de pensamento conhecida como “construtivismo”, para que a alfabetização tenha sentido é necessário ser um processo  interativo, dentro do contexto da criança, com histórias e com intervenções das próprias crianças, que podem aglutinar, contrair “engolir” palavras, desde que essas palavras ou histórias façam algum sentido para elas.

Os “erros” das crianças podem ser trabalhados, eles demonstram uma construção, e com o tempo vão diminuindo, pois elas começam a se preocupar  com outras  (como ortografia), que não se preocupavam antes, pois estavam apenas descobrindo a escrita.

c
Magda Soares, no  artigo “Letramento e alfabetização: as muitas facetas”, 26ª Reunião Anual da ANPED. GT Alfabetização, Leitura e Escrita, resume bem a proposta construtivista: “(….) a perspectiva construtivista trouxe importantes e diferentes contribuições para a alfabetização: (…) Alterou profundamente a concepção do processo de construção da representação da língua escrita, pela criança, que deixa de ser considerada como dependente de estímulos externos para aprender  PO sistema de escrita, concepção presente nos métodos de alfabetização até então em uso, hoje designados tradicionais, e passa a sujeito ativo capaz de progressivamente (re)construir esse sistema de representação, interagindo com a língua escrita em seus usos e práticas sociais, isto é, interagindo com material para ler, não com material artificialmente produzido para aprender a ler;
os chamados para a aprendizagem pré- requisitos da escrita, que caracterizam a criança pronta ou madura para ser alfabetizada – pressuposto dos métodos tradicionais de alfabetização – são negados por uma visão interacionista, que rejeita uma ordem hierárquica de habilidades, afirmando que a aprendizagem se dá por uma progressiva construção do conhecimento, na relação da criança com o objeto língua escrita;

as dificuldades da criança no processo da construção do sistema de representação que é a língua escrita- consideradas deficiências ou disfunções, na perspectiva dos métodos tradicionais – passam a ser vistas como erros construtivos, resultado de constantes reestruturações.”

Reportando ao artigo da professora da Universidade de Brasília em sua investigação sobre Métodos  de Alfabetização  e Consciência Fonológica, em que aponta causas da dificuldade de de aprendizagem, defasagem  idade/série,  levam grande número de  alunos levam até o fim do 1º grau, resultado de várias pesquisas do analfabeto funcional e da evasão,e dentre outros fatores está o desenvolvimento do processo da leitura e da escrita “ a importância da consciência fonológica e oprincípio alfabético, a primeira como o entendimento de que cada palavra _ou partes da palavra_ é constituída de um ou mais fonemas.
Para a fonoaudióloga Lílian Nascimento, rimas, aliterações, consciência sintática, silábica e fonêmica são habilidades relacionadas à consciência fonológica.. Na mesma linha de pensamento Alliende e Condemarín (1987 p. 46) denominam consciência linguística “o conhecimento consciente do indivíduo dos tipos e níveis dos processos linguísticos que caracterizam as expressões faladas”, entre os quais o de codificar foneticamente a informação linguística. Discutindo o papel daconsciência fonológica na alfabetização, Carvalho (2005) alerta para a necessidade de que os alfabetizandos percebam a dimensão sonora das palavras, que são formadas por sílabas e fonemas.”
Essa conclusão confronta com um nítido vácuo da construção da escrita e da leitura pela proposta construtivista.
Ao contrário do que muitos pensam Emília Ferreiro trouxe valiosas contribuições para a compreensão da aquisição e desenvolvimento do conhecimento cognitivo na alfabetização,  porém Emília Ferreiro não é um Método de Alfabetização.

(…) a minha contribuição foi encontrar uma explicação segundo a qual, por trás da mão que pega o lápis, dos olhos que  olham, dos ouvidos que escutam há uma criança que pensa” Emília Ferreiro
Referências
· 
BORTONI-RICARDO, Stella Maris. Nós cheguemu na escola, e agora? Sociolingüística & educação. São Paulo: Parábola Editorial, 2005.
Psicogênese da língua Escrita, de Emilia Ferreiro e Ana Teberosky. Ed. Artes Médicas, Av.
Jerônimo Ornellas. 670. CEP 90040-340. Porto Alegre. RS. Tel: (051) 330-3444/330-2183 
A Escrita e a Escola, de Ana Maria Kaufman. Ed. Artes Médicas.
Alfabetização em Processo, de Emilia Ferreiro. Ed. Cortez. R. Bartira. 387. CEP 05009-000. São Paulo. SP. Tel: (011) 864-0111.
Ensaios Construtivistas, de Lino de Macedo. Ed. Casa do Psicólogo. R. Alves Guimarães, 436, CEP 05410-000. São Paulo, SP, Tel: (011) 852-4633.
Aprendendo a Escrever: Perspectivas Psicológicas e Implicações Educacionais, de Ana Teberosky. Ed. Ática. R. Barão de Iguape. 110. CEP: 01507-900, caixa postal 8656, São Paulo, SP. Tel: (011) 278-9322.
-Márcio Ferrari (novaescola@atleitor.com.br) 
Trecho da palestra de Emilia Ferreiro durante a 1ª Semana da Educação, em outubro de 2006, em São Paulo
-SMOLKA, Ana Luiza Bustamante. A criança na fase inicial da escrita: a Alfabetização como processo discursivo/7. ed. – São Paulo: Cortez, 1996.
Revista Nova Escola Janeiro/Fevereiro de 2001

-Mara Regina Maraia Schoenberger , licenciada em Pedagogia,Pós graduada em Educação Interdisciplinar e Metodologia do Ensino Fundamental: Educação Interdisciplinar  de 1ª á 4ª serie do Ensino Fundamental  com Enfase em Educação Infantil:Cursando  Educação Especial e Inclusiva

terça-feira, 23 de abril de 2013

ARTESANATO - RECICLAGEM - IDÉIAS

FEITO COM CD E E.V.A - BICHINHOS - IMÃS DE GELADEIRA/USE A CRIATIVIDADE


FEITO COM GARRAFAS PETS,  PINGUIM - PORTA ALGODÃO



FEITO COM LATA DE EXTRATO DE TOMATE. PINTE A LATA COM A COR DESEJADA E COLE UM DESENHO DE SUA PREFERENCIA APOS SECAR.


HORTINHA - FEITA DE GARRAFAS DE DESINFETANTE OU AMACIANTE 


PORTA JORNAIS E REVISTAS FEITO DE GARRAFAS PETS


PODEMOS REUTILIZAR AQUELE ROLINHO DO FIM DO PAPEL HIGIÊNICO (QUE VAI PARA O LIXO!) PARA FAZER MUDAS DE PLANTINHAS!



PORTA OBJETOS FEITO DE GARRAFAS PETS E E.V.A


segunda-feira, 15 de abril de 2013


Toda criança independente de qualquer coisa é linda e tem que ser respeitada! A deficiência está na cabeça das pessoas preconceituosas e incapazes de entender que todos nós somos iguais perante a Deus! 


APRESENTAÇÃO TCC - TURMA DE PEDAGOGIA- RIO REAL/BA.

APRESENTAÇÃO - TRABALHO DE CONCLUSÃO DE CURSO - TCC.

Conviver é uma atitude que precisa ser muito bem administrada, em todos os âmbitos de nossa vida. Valorizar e reconhecer o que temos de melhor é imprescindível para que sejamos grandes seres humanos. 

Hoje vivemos um momento de grande alegria, que com certeza vocês professores fazem parte da trajetória até aqui percorrida. Pelas alegrias e tristezas, pela individualidade incontestável, pela amizade e respeito, queremos agradecer, não somente por ter-nos proporcionado à ampliação dos nossos conhecimentos conteudistas, mas pela experiência de vida diária, com a qual crescemos humanisticamente ainda mais. Deus os abençoe sempre e que tenhamos a oportunidade de encontrar-nos como colegas de profissão!


                                                                            Inventoras do Blog.



O mundo não para, as pessoas não mais descansam, a vida passa e não sabemos pra que viemos ao mundo se não para viver...

Viver é bem mais que nascer, crescer, trabalhar e morrer. Eu vivo no desejo de a cada dia descobrir meu real papel no Mundo.


                                            Moderadora do Blog. 




sábado, 13 de abril de 2013


RESUMIDO E BEM EXPLICADO:

A IMPORTÂNCIA DA TECNOLOGIA NA EDUCAÇÃO




Tecnologias na Educação – Possibilidades e a Necessidade  de Instrumentação da Prática Midiática.



            As contradições da democracia geram o analfabetismo midiático. A superação desse analfabetismo passa pela educação para a comunicação em três níveis: Informação, conhecimento e sabedoria, que alguns chamam de inteligência. O conhecimento deve se juntar aos valores éticos como norteadores desse novo momento. A internet pode ser uma alternativa  a um caminho de melhoria da sociedade, com ênfase primordial no ser humano. Isso exige disposição para aceitar o desafio de fazer a diferença.
            O papel da escola é disseminar das novas tecnologias, fortalecer a diversidade cultural, ampliar as liberdades individuais e possibilitar  uma gama maior de escolhas. O limite deve estar apenas em todos se expressarem sem incitar a violência  ou ameaçar a manifestação aberta do outro.   
            Segundo a mitologia grega, Dédalo e seu filho Ícaro  estavam presos na ilha de Creta por ordem do rei Minos. Dédalo, genial arquiteto, sussurrou ao filho: “A fuga pode ser impedida por mar e por terra, mas não pelo ar e pelo céu”. E continuou: Os homens não têm asas, mas nós as construiremos, e então poderemos voar “(CORDI,Cassiano – 2006, p225). De Dédalo a Santos Dumont passaram-se 25 séculos de desafios. Por fim, o mito torna-se verdade: O homem supera os pássaros, mas estes nunca transportaram bombas em suas asas.
            As sociedades modernas garantiram para alguns o acesso completo ás suas riquezas. No entanto, muitos não conseguem sequer manter sua sobrevivência. Seria possível pensar em uma sociedade capaz de garantir a todos condições de realização plena, sem sacrificar valores básicos como os da liberdade e da realização pessoal? O que seria necessário para alcançar um estágio de semelhante desenvolvimento?
            Quem se encontra envolvido com a tarefa de educar está, de alguma forma, sempre posto em dificuldade. Isto vale para o âmbito formal, como é o caso da escola, como para o nível informal, no caso dos pais que precisam educar seus filhos. E um dos fatores de insegurança é o avanço da tecnologia, que povoa cada vez mais todas as áreas da nossa vida.